Aumenta o numero de pobres  e aumenta o numero de portugueses em risco de pobreza. E a pobreza aumenta ainda que o rendimento médio das famílias aumente

Aumenta o numero de pobres  e aumenta o numero de portugueses em risco de pobreza. E a pobreza aumenta ainda que o rendimento médio das famílias aumente e aumentem os salários em Portugal. E se alargarmos um pouco mais o horizonte,  Portugal tem indicadores europeus elevados de criação de emprego, de crescimento dentro da União Europeia e de baixa taxa de desemprego, a par de uma inflação residual.

Perguntar-se-á porque é que aumenta a pobreza então? Por causa da desigualdade. E pelo peso que tem sobre os ordenados mais baixos o custo de vida, com destaque para o custo da habitação e dos combustíveis.

E a desigualdade social é um problema central da nossa sociedade.

Por decisão  de 28 de Novembro passado o salario mínimo aumentou para 870€ e outros indicadores  credíveis disponíveis apontam que esse valor é 2/3 do salário médio, ou seja 1300€.

Será que os aumentos salariais em  Portugal têm crescido proporcionalmente da mesma forma que a produtividade? Será que os benefícios  que a tecnologia e a inovação oferecem à criação de riqueza repartem-se equitativamente ? Ou favorecem mais especificamente o capital que o trabalho? Ou será que os lucros fazem ricos mas não criam riqueza?

Os investigadores que vieram dar ao tomate o sabor de outrora, restituindo-lhe a doçura que antigamente possuía,  estão firmemente apostados e convencidos que poderão confiar na viabilidade deste tomate no mercado.

Este sucesso abriu horizontes a outros investigadores chineses que estão já a desenvolver processos para incrementar os açucares em maçâs, peras e laranjas.

Este trabalho conjunto que despertou grande interesse em Espanha, grande produtor mundial de tomate, levou a que os investigadores espanhóis, seguindo e complementando o trabalho desenvolvido na China, sublinhem que a genética não é o único caminho para aumentar o sabor do fruto. O controlo rigoroso da rega, os nutrientes a luz e a temperatura são outros factores decisivos para o sucesso.

A  União Europeia, já aprovou a técnica genética utilizada neste alimento para consumo humano , que poderá levar a produções mais adaptáveis às mudanças climáticas, com menor utilização de produtos fitossanitários e, quiçá, mais económicos.

Fontes:
Instituto de Vegetais e Flores de Pequim (China)
Associação Valenciana de Agricultores (Espanha)
Instituto de Genómica Agrícola de Shenzhen (China)

A necessidade de chegar primeiro com a noticia , a vontade de divulgar o acontecimento em “exclusivo”, o desejo de “ir para o ar” antes dos outros, a vertigem de escrever um texto que se veja na 1ª página, “empurram” o jornalismo para a superficial e acelerada verificação dos factos e distanciam-no da verdade.

É certo que vivemos num ecossistema de informação onde muitos se instalam na chafurdice da informação e da desinformação e onde assumem como bom e verdadeiro o catálogo de palermices dos seus “ influencers” cujo modelo de negocio é, as mais das vezes, baseado em mentiras e calunias.

Mas, a despeito desta pressão existente no mercado da informação, e face à necessidade de aprimorar a respeitabilidade e ganhar  reconhecimento, e aceitando como respeitável a vontade de suplantar a concorrência, para ajudar  a viabilidade económica dos meios sérios, não vale tudo  para que a noticia concorra, também, com a internet, meio mais rápido, mais superficial e mais versátil.

Claro que a velocidade a que as noticias se processam e a divulgação dos factos tende a alimentar uma postura de superficialidade sobre as coisas. Verifica-se menos do que se fazia antes e tende a acreditar-se mais nas fontes . É a pressa. E o risco do exercício  da liberdade de expressão dar o braço ao processo de difamação é real. Mas é deplorável.

Seja como for, os media convencionais e os Profissionais da Informação poderiam e deveriam ser mais fervorosos bastiões do respeito pela verdade da Informação e estar mais comprometidos com a Responsabilidade Social que têm.

E se precisam de apoio que venha ele em defesa da Democracia e da Verdade!

Fontes:
Código de Ética para os Profissionais da Informação
Ana Margarida Dias da Silva, Leonor Calvão Borges, Luísa Alvim / 14º Congresso Nacional BAD, 2023

Este é o rosário dos pobres : ver crescer a família num círculo vicioso sem oportunidades e sem recursos suficientes para viverem com dignidade e sem horizontes de saída da pobreza.

Não foi há um século que saímos de situação semelhante.  Todavia  há muitos países no mundo onde a pobreza extrema e  o trabalho infantil andam de mãos dadas. E a necessidade de se ganhar dinheiro para contribuírem para a paupérrima economia familiar leva a que se empurrem as crianças a abandonarem a escola e a procurar trabalhos.

Claro que na  Ásia , onde estas situações têm especial relevo, aceita-se  e tolera-se  o trabalho infantil mesmo quando existem compromissos governamentais da sua proibição e da luta pela  irradicação . Promessas e palavras que leva o vento.

E como mudar a mentalidade instalada é muito difícil , por exemplo , no Bangladesh , há 3,54 milhões de pequenos trabalhadores entre os 5 e os 17 anos . E apesar da escola ser de frequência obrigatória , 47% das crianças não a frequenta . Pior que o Bangladesh só a India, que é o país do mundo com mais crianças, com menos de 14 anos de idade, empregadas.

As crianças são vulgarmente  serventes de mecânica, ajudantes de sapateiros,  trabalhadores da recolha de lixo e também empregados domésticos, para além das que trabalham nas pequenas empresas familiares e na economia informal .

A explicação dos pais, repito,  é que esse rendimento extra ganho pelas crianças, mesmo sendo miserável,  é-lhes indispensável.

Abandonando a escola como podem conseguir ascender socialmente e melhorar a sua qualidade de vida? E como podem abandonar essa vida tão frágil  e tão dilacerada pela pobreza estrutural?

Uns com tanto que lhes sobra e outros que tanto necessitam !

Fontes:

Huffpost

ONG Educo

Future Planet

Foi há mais de 5.000 ( cinco mil) anos que, no Peru e no Equador , se começou a comer um pequeno fruto ,  com aproximadamente 1 ( um) centímetro de tamanho, a que chamaram tomate. Quando veio até nós já tinha diferentes tamanhos e já se notava que quanto maior menos sabor tinha. Nada diferente de outras frutas e legumes que são lindos na exposição e parcos no sabor!!!

Os grandes produtores de tomates têm lutado para recuperar esse sabor original do tomate e a investigação nessa área tem trabalhado , afincadamente, na genética do tomate. Com sucesso, os cientistas , com relevo para a equipa de António Granell, sequenciaram os genomas completos de 398 variedades de tomate e identificaram os 13 compostos químicos responsáveis pelo seu sabor .

 Claro que os estudos tiveram muitos altos e baixos, sendo também certo que apanhar o fruto em verde e transportá-lo em frio para um destino ,mais ou menos longínquo, pouco ou nada ajuda a defender o seu sabor .

E  havia mais uma dificuldade com impacto comercial : cada vez que se aumentava o tamanho do tomate este perdia  sabor !

Mas , recentemente,  um investigador chinês, Jinzhe Zhang , conseguiu que os seus tomates geneticamente modificados mantivem-se o seu tamanho e , embora um pouco mais doces, recuperam-se o seu sabor original.

Não tarda nada e os tomates vão voltar a ser  e a saber a … tomates!

Fontes: Instituto de Biologia Molecular y Celular de Plantas , Valencia, Espanha

               Revista Science