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3 x 9 = 27

A capacidade da escrita é criar um contexto no qual outras pessoas possam pensar ( Edwin Schlossberg)

A capacidade da escrita é criar um contexto no qual outras pessoas possam pensar ( Edwin Schlossberg)

3 x 9 = 27

16
Dez24

A BATALHA DA MALÁRIA -- ALIANÇA COM OS  MOSQUITOS  


fco

 

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A malária continua  a matar mais de 600.000 pessoas por ano,  especialmente em África.

Até agora, para além da vacina, insecticidas, mosquiteiros, DDT e até diesel para tratar a água , tudo isto servia para tentar controlar as cerca de 3.500 espécies de mosquitos existentes , ainda que só uma pequeníssima percentagem sejam vectores de propagação do parasita causador da malária.

Hoje , a agravar a situação, também se luta contra a resistência aos medicamentos e insecticidas tradicionais.

Há porém uma forte e real esperança no horizonte : a ALIANÇA COM OS MOSQUITOS.

Traduzido para miúdos, trata-se da utilização de mosquitos geneticamente transformados e que assim não são transmissores de malária. E que, ao cruzarem-se com outros mosquitos , produzem mosquitos que não transmitem malária. E a criação de mosquitos geneticamente modificados que, ao cruzarem-se com outros mosquitos , só produzem mosquitos machos , o que leva à progressiva diminuição dos mosquitos e finalmente ao seu fim.

Em 2023 o primeiro mosquito geneticamente modificado foi produzido na Tanzânia , onde já está a actuar com sucesso, garantindo assim que a ciência deu mais um fundamental passo para vencer a malária e , mais importante ainda , tendo como aliado o maior factor do Mal, o mosquito !

 

Fontes:
Organização Mundial da Saúde (OMS) 
Iniciativa contra a Malária ,  Universidade da Califórnia, Target Malaria UK; Zero Transmission

13
Dez24

OS ÍNVIOS E JOCOSOS CAMINHOS DE 260 MILHÕES


fco

 

 

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A língua portuguesa é rica em caminhos tortuosos, de significado dúbio e de surpreendente sentido. Até jocosos, às vezes.

Há uns dias, em conversa fiada, dizia uma Amiga minha que …” ELA ESTÁ A AFIAMBRAR-TE”…. Fiquei atónito. O que conhecia da palavra não se enquadrava com a conversa, nem fazia sentido. Apesar das explicações instantâneas a curiosidade levou-me aos dicionários e a descobrir que, em termos coloquiais, significa aproveitar-se de, tirar partido de, apropriar-se.

Decidi mergulhar por aqui, pelos usos e costumes de 260 milhões de pessoas que falam a língua portuguesa. 260 MILHÕES!

É bom de ver que  “VI-ME DA COR DOS GATOS” , que é como quem diz da grande dificuldade porque passei para fazer o que me propus  para levar a cabo este trabalho.  O que procurei  para encontrar o que queria, e os caminhos que percorri , levaram-me “ONDE  JUDAS PERDEU AS BOTAS”.  Ou seja, foi difícil alcançar a selecção feita e ajustá-la às necessidades sendo que , às vezes, cheguei “ ONDE O VENTO FAZ A CURVA” para conseguir o que queria.

Na minha busca encontrei muitas tentações, porque a língua portuguesa é muito rica e variada , e se não fosse “USAR ÓCULOS DE PENAFIEL” não teria alcançado o meu propósito, pois teria cedido à distracção em vez de manter-me orientado ao meu propósito, seguido o meu caminho.

Mas como “ ENQUANTO SE CAPA NÃO SE ASSOBIA “ ,  dediquei-me ao que tinha que fazer e fui procurando encontrar expressões antigas da língua portuguesa que permitissem ilustrar a sua riqueza.

Às vezes, de tanto buscar à procura dos melhores resultados, dei por mim a modos de  “ ENXERTADO EM CORNO DE CABRA”, porque  amiúde acontece ter de se superar o mau feitio quando nem sempre se alcança o que se deseja.

Na esperança que não achem que “ ISTO É UMA FOLHA DE COUVE” ,  que é como quem diz que só serve para limpar o sítio onde as costas mudam de nome…

11
Dez24

VIVA A CIDADE, ADEUS AO CAMPO


fco

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Se olharmos para os mapas dos países, e verificarmos os movimentos das populações, vemos que a tendência geral é da concentração de cada vez mais pessoas nas principais e grandes cidades. É a macrocefalia urbana. Para trás fica o campo.

As grandes metrópoles são o novo cenário dominante do século XXI. Hoje 54% da população, cerca de 4 biliões de pessoas vive em cidades. Em 2030 prevê-se que atinja 5 biliões, ou seja, cerca de 60% da população mundial. A estimativa de densidade duma megacidade é de 2.000 pessoas/km e mais de 10 milhões de habitantes.

A atractividade dos grandes centros urbanos leva à desordem urbanística e ao uso indevido do solo. São os núcleos de barracas, a degradação da habitação e as condições desumanas de vida. São os bairros marginais, focos de pobreza e vulnerabilidade. São as carências resultantes das falhas no fornecimento de serviços básicos  e da rede de infra-estruturas cuja construção andará sempre atrás das necessidades das populações.

Ao longo da história, as pessoas sempre se deslocaram para os grandes centros urbanos em busca de melhores oportunidades. Nos próximos anos as razões de carácter económico continuarão a ser o motor dessa migração.

O impacto deste fenómeno no clima é também uma  nova questão a apurar. Mas a receita–base é conhecida: reduzir a pegada de carbono, apostar no uso de tecnologias  eco-eficientes, adoptar  um sistema de transporte público inteligente.

Tornar o campo e o interior atractivos são quimeras?

 

 

Fontes: ONU

              Populations predictions for the world larges cities in the 21st century , Dan Hoornweg

09
Dez24

EMIGRAÇÃO SÃO PESSOAS À MINGUA DE PAZ OU DE PÃO


fco

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A população mundial não para de crescer.

Aprofundemos um  pouco essa questão. Falamos de quê? Falamos de demografia. Não confundamos com emigração. A demografia é um fenómeno que se move com lentidão. A emigração move-se com grande rapidez.

Tendencialmente, a população dos países ricos tende a baixar enquanto a dos países pobres tende a subir. Essencialmente, por  via da taxa de natalidade. Mas vive-se mais porque a esperança de vida aumentou,  ainda que esta seja  maior nos países mais ricos que nos mais pobres.

E a alta taxa de natalidade dos países mais pobres, especialmente de Africa, mas também da Ásia, cria já e criará mais pobreza . E quando a explosão demográfica incontrolada excede os recursos disponiveis surge a emigração económica. São as pessoas  que, ficando à míngua dos bens essenciais,  se lançam à procura de trabalho e na busca de uma vida melhor.

O desenvolvimento económico dos países do 1º mundo, inevitavelmente, atraem estes emigrantes económicos,  como atraem aqueles que fogem de zonas de conflito, que buscam a sua sobrevivência , os refugiados.

É, porém, preciso, e é urgente, compaginar e equilibrar as necessidades de força laboral dos países com déficit populacional com a chegada de emigrantes em busca de paz e trabalho. Até para que não hajam desequilibrios graves entre oferta e procura de trabalho. E a dinâmica de mercado não afecte a paz social.

E a paz social alcança-se também com todos , os de cá e os que vêm, respeitando os hábitos, as culturas e os credos de todos e cada qual. Melhor ainda com tolerância, bom senso, solidariedade  e educação.

07
Dez24

MALDITA DESIGUALDADE


fco

 

 

 

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Aumenta o numero de pobres  e aumenta o numero de portugueses em risco de pobreza. E a pobreza aumenta ainda que o rendimento médio das famílias aumente e aumentem os salários em Portugal. E se alargarmos um pouco mais o horizonte,  Portugal tem indicadores europeus elevados de criação de emprego, de crescimento dentro da União Europeia e de baixa taxa de desemprego, a par de uma inflação residual.

Perguntar-se-á porque é que aumenta a pobreza então? Por causa da desigualdade. E pelo peso que tem sobre os ordenados mais baixos o custo de vida, com destaque para o custo da habitação e dos combustíveis.

E a desigualdade social é um problema central da nossa sociedade.

Por decisão  de 28 de Novembro passado o salario mínimo aumentou para 870€ e outros indicadores  credíveis disponíveis apontam que esse valor é 2/3 do salário médio, ou seja 1300€. Enquanto cerca de 25% dos portugueses vive com menos de 738€ por mês!

Será que os aumentos salariais em  Portugal têm crescido proporcionalmente da mesma forma que a produtividade? Será que os benefícios  que a tecnologia e a inovação oferecem à criação de riqueza repartem-se equitativamente ? Ou favorecem mais especificamente o capital que o trabalho? Ou será que os lucros fazem ricos mas não criam riqueza?

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