O número de pessoas que passam fome hoje e que enfrentam uma situação bem pior amanhã não para de aumentar. Há quem recolha ervas do chão e as coza em água para fazer um caldo com o qual enganam a fome e calam o choro das crianças. Sucede em Gaza. Mas no Haiti, no Mali, no Sudão e no  Sudão do Sul não é muito diferente da Palestina. Simplesmente não há que comer.

Em termos globais, esta situação dramática de fome extrema tende a aumentar. Na origem desta crise estão os efeitos  das alterações climáticas , da  guerra e da instabilidade social. E , consequentemente, a situação económica das populações é de miséria.

A assistência humanitária internacional dá apoio em mais de 120 países. Mas destes  22 vivem uma situação muito grave e o Sudão , o Sudão do Sul, a Palestina, o Haiti e o Mali vivem à beira da catástrofe. Aqui até às vezes a fome é usada como uma arma de guerra !

Nos países onde há conflitos armados tudo  é mais grave porque a destruição de infra-estruturas, de estradas, de áreas de mercados, de centros de assistência infantil, e tantas outras, impedem o acesso das pessoas aos bens essenciais. Há países onde é quase total a falta de alimentos e água. Logo, a crise existente promove deslocamentos massivos da população que foge da fome e da guerra . Mas as condições de vida dos deslocados também são penosas, precárias e tudo menos saudáveis.

No nosso mundo há centenas de milhares de pessoas a acordar, levantar-se de manhã e não ter nada para comer. E assim passam o dia. E dias e dias. Sempre à mingua. Raios partam a fome!

Fontes- Programa Mundial de Alimentos

               FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

A origem do Natal remonta a várias culturas antigas que celebravam a vida e a fertilidade durante o solstício de inverno. Com o tempo, as tradições cristãs sobrepuseram-se  às tradições dominantes de origem pagã criando o Natal dos nossos dias. E termos feito da árvore iluminada e  do presépio  imagens de marca do Natal moderno foi só um pequeno passo.

O Natal em Portugal tem tradições católicas enraizadas. É o presépio e a arvore de natal cheia de luzinhas, o bacalhau  , o peru ou o cabrito, o bolo-rei , as filhoses e as fatias douradas, as prendas no sapatinho e a Missa do Galo.

Mas os muitos novos residentes deste país à beira-mar plantado têm tradições diferentes . Culturas diferentes geram diferentes comportamentos.

Os  brasileiros que cá estão terão saudades do verão , porque agora é lá tempo de praia, mas não vão esquecer o “ amigo secreto” , forma bem popular de lá se  fazer a troca de presentes.

Em  Cabo Verde come-se cozido, em Moçambique cabrito assado e em Angola o Natal é ao ar livre ou na praia,  porque o calor aperta. Mas mandioca não falta …

Na Ucrânia, só depois do filho mais novo ver a primeira estrela no céu é que se abrem os presentes e se começa a refeição que , por tradição, deve ter 12 pratos tantos quantos os discípulos de Jesus.

Na India, o Natal dos cristãos , como em Goa, Damão e Diu, tem presépios e decorações nas igrejas . Já a maioria hindu tem as festividades cheias de musica, danças e luzes. Mas para muitos hindus, o Natal é em Agosto, o décimo mês do calendário,  celebrando  o nascimento de Krishna. E para os ismaelitas, seguidores de Aga Khan,  o dia importante é 13 de Dezembro, aniversário do seu líder espiritual e não  o Natal .

Na China o símbolo do Natal é a maçã que, adornada e colorida, é objecto de troca e oferta.

Para nós,  por tradição , o Natal significa , sempre , a reunião da família, uma  boa ceia e a troca de presentes .Para muitas comunidades, ou para quem  pratica outras religiões, esta data nada significa. A igreja ortodoxa , por exemplo , só  comemora o Natal treze dias depois da igreja católica! é o calendário gregoriano.

Mas apesar de hábitos, costumes, tradições e fés diferentes são, somos todos, os mesmos humanos na procura generosa do melhor para nós e para os outros. E que não faltem boas razões para sermos melhores neste dia e nos outros também !

Vivemos numa sociedade muitíssimo mais segura que no passado mas vivemos cada vez mais temerosos do que nos possa acontecer. O medo consome-nos e está presente em mais coisas,  mais vezes e por mais razões. Estamos viciados no medo.

O medo e,consequentemente, a proposta securitária. Ou não viesse sempre a “bondade” da segurança para servir de antepara à “desgraça “ que o medo traz. Os medos, que há muitos, tomam conta dos nossos dias e servem para a congeminação das mais tortuosas  soluções para os prevenir e para nos acalmar.

Até há os hipócritas que fazem do medo a arma para manipular opiniões!

E há uma indústria do medo que nos explora. Que tira partido das nossas vulnerabilidades e incertezas. Que até nos propõe seguir aqueles que têm soluções miraculosas. E há quem acredite em milagres...

Como dizia H.L. Mencken,  “a única emoção permanente do homem comum é o medo – o medo do desconhecido, do complexo, do inexplicável. O que ele quer acima de tudo é segurança.”

Respondendo ao nosso desejo e ansiedade de segurança, o mercado deleita-se . E como estamos obcecados em segurança saltam para a praça publica os mercadores do medo : elas são câmaras em cada esquina e em muitos negócios para nos vigiar e saberem o que queremos e o que fazemos; eles são os "cookies" em cada proposta na internet para seguir os nossos gostos e responder aos nossos desejos; eles são alarmes nas casas como se alguma vez os polícias pudessem chegar a tempo de apanhar os ladrões; eles são os ciganos que já não se assustam com o bendito do sapo à porta de casa; eles são os imigrantes que com aquele linguajar esquisito e/ou com aquela cor distinta de pele não estão longe de serem perniciosos invasores. Eles são tantos mais... 

Para tudo há propostas e para tudo há respostas , sejam elas seguros, rezas, bendições , endireitas, feitiços , cartas , chás e mezinhas. E a tudo se recorre para nos sentirmos mais seguros.

Deixo-vos um pedido. Se se deixam consumir por esta parafernália, por favor, mesmo que o inverosímil aconteça e o diabo desça à Terra , façam o que lhes dê na gana mas não abdiquem dos vossos direitos e da vossa liberdade em troca de protecção. Isso é que é coisa que pode acabar mesmo bastante mal!

OS PRINCIPAIS RESPONSAVEIS DO AQUECIMENTO GLOBAL SOMOS NÓS, OS HUMANOS!

A criação mais fantástica que a Natureza nos deu, o Homem,  é também  aquele que é capaz do melhor e do pior.

E se falarmos de aquecimento global podemos dizer que é a actividade humana que é a responsável primeira desse mesmo aquecimento.

Basta só analisar como melhorou o ambiente durante o período da epidemia de covid 19 , quando fomos forçados a limitar fortemente a nossa actividade, para percebermos que somos nós mesmo os principais agentes das agressões  ao meio ambiente.

Na raiz de todos os males está a nossa dificuldade em adaptarmo-nos, adaptando o nosso comportamento, tornando-o amigo do ecossistema, do Ambiente, da Terra.

Nós , mulheres e homens, todos, a raça humana,  ocupamos mais de metade da superfície da Terra com as nossas cidades, as nossas industrias, as nossas agriculturas , as nossas florestas , com o nosso modo de vida.

E como a nossa população está sempre a aumentar, já se projecta que em  2100 vamos ser  mais 3 ou 4.000 milhões de habitantes . Logo, vamos ocupar substantivamente mais a Terra e vamos-lhe dar muito mais uso. Podemos manter o mesmo comportamento? É sustentável?

Sabemos que uma parte significativa das alterações climáticas surge pela actividade humana e a sua consequente agressão ao ecossistema. Somos agora 7.300 milhões. Como vamos tratar a Terra quando formos cerca de 11.000 milhões? Que dimensão terá esse impacte? E que consequências?

Ou passamos a portar-nos bem ou dá asneira!!!

A malária continua  a matar mais de 600.000 pessoas por ano,  especialmente em África.

Até agora, para além da vacina, insecticidas, mosquiteiros, DDT e até diesel para tratar a água , tudo isto servia para tentar controlar as cerca de 3.500 espécies de mosquitos existentes , ainda que só uma pequeníssima percentagem sejam vectores de propagação do parasita causador da malária.

Hoje , a agravar a situação, também se luta contra a resistência aos medicamentos e insecticidas tradicionais.

Há porém uma forte e real esperança no horizonte : a ALIANÇA COM OS MOSQUITOS.

Traduzido para miúdos, trata-se da utilização de mosquitos geneticamente transformados e que assim não são transmissores de malária. E que, ao cruzarem-se com outros mosquitos , produzem mosquitos que não transmitem malária. E a criação de mosquitos geneticamente modificados que, ao cruzarem-se com outros mosquitos , só produzem mosquitos machos , o que leva à progressiva diminuição dos mosquitos e finalmente ao seu fim.

Em 2023 o primeiro mosquito geneticamente modificado foi produzido na Tanzânia , onde já está a actuar com sucesso, garantindo assim que a ciência deu mais um fundamental passo para vencer a malária e , mais importante ainda , tendo como aliado o maior factor do Mal, o mosquito !

Fontes:
Organização Mundial da Saúde (OMS) Iniciativa contra a Malária ,  Universidade da Califórnia, Target Malaria UK; Zero Transmission